quinta-feira, 3 de junho de 2010

Temor a Deus!

Estou passando por tempo de amadurecimento, tempo de parar no meu cantinho com Deus e perguntar “O que o Senhor quer de mim?!”, “O que tenho que fazer para estar no centro da Tua vontade?!”. Estou lendo o livro “A Isca de satanás” de John Bevere, nele Deus tem me mostrado o quanto o nosso temor a Ele e a Sua vontade fazem toda a diferença em nossa vida, o quanto o inimigo usa situações para roubar promessas e bênçãos de Deus, da forma mais discreta! Com a mágoa, com a justiça própria, com a independência, com a auto-defesa...tenho visto que Deus permite situações para nos tratar, mas a forma que reagimos podem nos fazer parar na nossa caminhada espiritual, quando deixamos de olhar para o que Ele diz para fazer o que queremos fazer!

Amanhã tiro férias e estou muito feliz, Deus é muito bom comigo e por isso tem quebrado a minha vida...mas quebra Senhor! O que eu mais quero é recuperar o tempo perdido, colocar ELE no lugar de honra da minha vida, investir nos sonhos dEle pra mim e deixar de viver para este mundo...de viver sem propósito...

Li neste livro a historia de Davi, já tinha lido e ouvido muitas e muitas vezes, mas confesso que me impactou a forma como o autor explica cada situação....Davi tinha uma promessa, e na trajetória para a concretização dela, Deus provou e aprovou o coração dele, tanto que ele foi chamado de homem segundo o coração de Deus...Davi foi perseguido pela sua própria autoridade (Saul), teve a chance de matá-lo, poderia alegar legitima defesa...afinal ele queria matar Davi..mas ele tinha temor a aquele que lhe fez a promessa...ele decidiu não se magoar...não se defender...e Deus levantou ele como rei...

Abaixo o texto, escrito pelo autor John Bevere:

“Vamos examinar este exemplo de traição através do relacionamento entre o rei Saul e Davi (veja 1 Sm 16 - 31). Suas vidas se encontraram mesmo antes de se conhecerem, uma vez que Samuel, o profeta de Deus, tingiu Davi para ser
o próximo rei de Israel. Davi deve ter ficado maravilhado pensando: "Este é o mesmo homem que ungiu Saul. Vou mesmo ser rei" De volta ao palácio, Saul estava sendo atormentado por espíritos imundos, porque havia desobedecido a Deus. Seu único alívio era quando alguém tocava harpa.

Os servos de Saul procuraram por um jovem que pudesse sentar-se na presença de Saul e ministrar-lhe. Um dos servos sugeriu Davi, o filho de Jessé. O rei Saul mandou buscar Davi e pediu-lhe para vir ao palácio ministrar a ele. Davi deve ter pensado: "Deus já está cumprindo sua promessa que veio através do profeta. Certamente ganharei o favor do rei. Esta deve ser a posição de entrada".

O tempo foi passando, e o pai de Davi lhe pediu que levasse alimento aos seus irmãos mais velhos que estavam em guerra com os filisteus. Quando chegou ao campo de batalha, Davi viu o campeão dos filisteus, Golias, zombando do exército de Deus e soube que isso estava acontecendo há quarenta dias. Ele soube, também, que o rei havia oferecido a mão de sua filha em casamento àquele que derrotasse o gigante. Davi foi até ao rei e pediu permissão para lutar. Ele matou Golias e ganhou a filha de Saul. Dessa forma, ganhou o favor de Saul e foi levado ao palácio para viver com o rei. Jônatas, o filho mais velho de Saul, fez um pacto de amizade eterna com Davi. Em tudo o que Saul dava a Davi para fazer, a mão de Deus podia ser vista, e, assim, ele esperava. O rei pediu que ele se sentasse à mesa para comer com os seus próprios filhos.

Davi estava animado. Ele morava no palácio, comia à mesa com o rei, casou-se com a filha dele, ficou amigo de Jônatas; enfim, era bem-sucedido nas campanhas. Estava até ganhando o favor do povo. Ele podia ver a profecia se desenrolar diante dos seus olhos. Saul preferia Davi a todos os outros servos. Ele se tornou um pai para ele. Davi tinha certeza de que Saul ia orientá-lo, treiná-lo e um dia, com grande honra, colocá-lo no trono. Davi regozijava-se na fidelidade de Deus. Mas um dia, tudo mudou. Quando Saul e Davi voltavam de uma batalha, lado a lado, as mulheres de todas as cidades de Israel vieram dançando e cantando: "Saul matou seus milhares e Davi seus dez milhares". Isso deixou Saul enfurecido, e daquele dia em diante ele começou a desprezar Davi. Por duas vezes, enquanto Davi tocava harpa, Saul tentou matá-lo.

A Bíblia diz que Saul odiava Davi porque sabia que Deus estava com Davi e não com ele. Davi foi forçado a fugir para salvar sua vida. Sem ter para onde ir, correu para o deserto. “Que está acontecendo?" Davi se perguntava. "A promessa estava se cumprindo, e agora tudo desmoronava. O homem que é meu mentor está tramando matar-me. Que farei? Saul é o servo ungido de Deus. Com ele contra mim, que chance tenho? Ele é o rei, o homem de Deus sobre a nação de Deus. Por que o Senhor está permitindo que isso aconteça?”

Saul perseguiu Davi de deserto em deserto, de caverna em caverna, acompanhado de três mil dos maiores guerreiros de Israel. Eles tinham um propósito: destruir Davi.A essa altura, a promessa era apenas uma sombra. Davi não mais vivia no palácio ou comia à mesa do rei. Ele habitava cavernas úmidas e comia restos de animais selvagens. Não andava mais ao lado do rei, mas era caçado pelos homens com quem um dia lutou lado a lado. Não havia cama macia ou servos para servir-lhe.

Sua noiva foi dada a outro. Ele conheceu a solidão de um homem sem nação. Note que Deus - não o diabo - colocou Davi sob os cuidados de Saul. Por que Deus não só permitiu, mas planejou tudo? Por que Davi teve o favor do rei e abruptamente o perdeu? Esta era a oportunidade para Davi ficar ofendido - não só com Saul, mas com Deus também. Todas as perguntas que ficavam sem respostas aumentavam a tentação de questionar a sabedoria e o plano de Deus. Saul estava determinado a matar o jovem Davi a qualquer custo, tanto que sua loucura aumentava. Ele se tornou um homem desesperado. Os sacerdotes da cidade de Nobe providenciaram um abrigo, comida e a espada de Golias para Davi.

Não sabiam que Davi estava fugindo de Saul e achavam que ele estava numa missão para o rei. Eles perguntaram a Davi sobre o Senhor que estava em favor dele, e o mandaram seguir seu caminho. Quando Saul descobriu, ficou furioso. Matou oitenta e cinco inocentes sacerdotes do Senhor e correu o fio da espada em toda a cidade de Nobe: homem, mulher, criança, bebê que amamentava, gados, burros e ovelhas. Ele cumpriu julgamento contra eles - os inocentes - que deveria ter caído sobre os amalequitas. Era um assassino.

Como Deus poderia ter posto seu Espírito sobre um homem assim? A essa altura, Saul soube que Davi estava no deserto em Gedi e saiu a sua procura com três mil guerreiros.Durante a viagem, para descansar do lado de fora de uma caverna, sem saber que Davi estava lá dentro. Saul tirou seu manto e o deixou de lado. Vagarosamente Davi saiu de seu esconderijo, cortou um pedaço do manto e se retirou Sem ser notado. Depois que Saul saiu de perto da caverna, Davi se prostrou e chorou:

“Olha, pois, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão [...] vê que não há em mim nem mal nem rebeldia, e não pequei contra ti, ainda que andas à caça da minha vida para ma tirares.” (1 Sm 24:11-Destaque acrescido).

O clamor de Davi para Saul era: "Meu pai, meu pai!" Na verdade, ele clamava: "Veja meu coração! Seja um pai para mim. Eu preciso de um líder que me treine, não que me destrua!" Mesmo quando Saul planejava matá-lo, o coração de Davi queimava de esperança.

Davi estava preocupado que Saul acreditasse em sua rebeldia e maldade. Deve ter sondado seu coração, dizendo: "Onde foi que eu errei? Como foi que o coração de Saul se voltou contra mim?" Por isso ele clamou: "No fato de haver eu cortado a orla do teu manto sem te matar, reconhece e vê que não há em mim nem mal nem rebeldia” (veja 1ªSm 21.11 - Grifo crescentado).

Davi pensou que, se pudesse provar seu amor por Saul, este restauraria o seu favor por ele e a profecia seria cumprida.Saul reconheceu a bondade de Davi quando percebeu que ele poderia tê-lo matado e não o fez. Ele e seus homens se retiraram. Davi deve ter pensado: "Agora, o rei vai restaurar-me. Agora, a profecia será cumprida. Obviamente, ele vê meu coração e vai tratar-me melhor”.

Devagar, Davi! Pouco tempo depois, os homens relataram a Saul que Davi estava nas montanhas de Haquilá. Saul foi a sua procura com os mesmos três mil soldados. Tenho certeza de que isso deixou Davi arrasado. Ele percebeu que não era um mal-entendido e que Saul, intencionalmente, queria tirar-lhe a vida. Como deve ter se sentido rejeitado!

Saul conhecia seu coração e, mesmo assim, marchou ao seu encontro.Davi desceu com Abisai para o acampamento de Saul. Nenhum guarda os viu, porque Deus os fez dormir
profundamente. Os dois homens se esgueiraram até onde Saul estava dormindo, passando por todo o exército sem serem notados. Abisai argumentou com Davi: "Deus te entregou, hoje, nas mãos o teu inimigo; deixa-me, pois, agora, encravá-lo com a lança, ao chão, de um só golpe; não será preciso segundo" (1 Sm 26:8).

Abisai tinha boas razões para achar que Davi o deixaria matar Saul: primeiro, Saul já havia assassinado, a sangue frio, oitenta e cinco sacerdotes inocentes e suas famílias; segundo, estava com um exército de três mil para matar Davi
e seus seguidores. Se você não mata o inimigo primeiro, Abisai pensou, ele certamente o matará. É legítima defesa.

Qualquer tribunal concordaria com isso; terceiro, Deus, através de Samuel, ungiu Davi como o próximo rei de Israel. Davi deveria querer sua herança se não queria ser um homem morto sem que a profecia se cumprisse; quarto, Deus fez um exército inteiro cair em sono profundo para que Davi e Abisai pudessem chegar até Saul. Por que Deus faria tudo isso? Parecia a Abisai que Davi nunca mais teria uma chance como esta novamente. Todas essas razões pareciam boas. Elas faziam sentido, e Davi estava sendo encorajado por um irmão. Então, se Davi estava um pouquinho só, ofendido, teria uma justificativa para permitir que Abisai encravasse a lança a em Saul.
Veja resposta de Davi:

“Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do Senhor e fique inocente? [.. ] Tão certo como vive o Senhor, este o ferirá, ou o seu dia chegará em que morra, ou em que, descendo à batalha,seja morto. O Senhor me guarde de quê eu estenda a mão contra o seu ungido.” (1 Sm 26:9-11-Destaque acrescido).

Davi não mataria Saul, apesar dele ter assassinado inocentes e desejado o mesmo de Davi também. Davi não se vingaria; deixou a vingança nas mãos de Deus.Certamente, teria sido mais fácil colocar um ponto final em tudo naquele momento - mais fácil para Davi e para o povo de Israel. Ele sabia que a nação era como um rebanho de ovelhas sem pastor. Sabia que um lobo os estava roubando por causa de desejos egoístas. Foi difícil para ele não se defender, mas era provavelmente mais difícil não libertar o povo, a quem amava, de um rei louco. Tomou essa decisão, mesmo sabendo que o único conforto de Saul seria sua morte.

Davi provou a pureza de seu coração quando poupou Saul a primeira vez. Até mesmo quando Davi teve uma segunda oportunidade de matar Saul, ele nem o tocou. Saul era ungido de Deus e Davi o deixou nas mãos de Deus para que Ele o julgasse. Quantos possuem o coração como o de Davi? Não usamos mais espadas reais para assassinar, mas outro tipo de espada para arruinar os outros: a língua. "A morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18:21).”
* Texto tirado do livro “A isca de satanas” de John Bevere.

A minha oração é que cada um de nós possa zelar pelos planos de Deus em nossas vidas...para alcança-los vamos ter que abrir mão do nosso eu e perguntar a Deus qual é a sua vontade e não a nossa, fazendo a nossa vontade viveremos como “errantes espirituais” que passam a vida inteira fugindo das situações que Deus usa para tratar, como bebes ...se alimentando sempre de leitinho!

Agora vou terminar de arrumar as coisas pra viagem, mas vou deixar uma fotinho minha com minhas amigas queridas da Direção no chá de panela da Luma.

Bjo a todos!